Segundo a Gerente de Comunicação e Marketing da Elleve, Vivian Pontes, novas tecnologias surgem e sempre vão emergir é importante aprender a utilizá-las e tirar proveito dos benefícios que podem trazer, mas interações humanas e uma orientação personalizada na escolha de carreiras não podem ser substituídas
Desenvolvido pela empresa americana OpenAI, o ChatGPT é um robô que usa inteligência artificial (IA) e deep learning. Basicamente, a ferramenta consiste em um algoritmo que produz textos de forma gratuita, atendendo às orientações ou perguntas dos usuários. Um dos seus destaques é a capacidade de entender o contexto, criando relações significativas a partir dos dados enviados.
Desde que foi apresentado ao mundo, em novembro de 2022, o mecanismo se tornou extremamente popular, tendo recebido mais de 100 milhões de visitas. As suas tarefas variam muito: pode ser usado para escrever artigos, códigos de programação ou contar piadas. “O GPT seria uma espécie de evolução de aparatos como a Alexa e o Google Assistente”, diz Vivian Pontes, Gerente de Comunicação e Marketing da Elleve.
Tendo em vista a acessibilidade e o avanço do ChatGPT, alguns estudantes, sobretudo os que estão no momento de escolher uma carreira, podem ter repensado as suas intenções profissionais. Afinal, ainda vale a pena se especializar em carreiras relacionadas à produção de textos, por exemplo?
Quais profissões correm risco de acabar com a chegada do CHAT GPT?
“Eu não acredito que as profissões relacionadas à produção de texto e conteúdo irão acabar com a chegada do ChatGPT ou que ele irá substituir o Google como mecanismo de pesquisa. Novas tecnologias surgem e sempre vão emergir, mas o mais importante é conhecê-las, aprender a utilizá-las e tirar proveito dos benefícios que podem trazer”, afirma Vivian Pontes.
Sobre a implementação do mecanismo no cotidiano, a especialista completa: “Usar essa ferramenta para aprimorar chatbots de atendimento ao cliente, criando interações mais robustas e flexíveis, por exemplo, pode ser um avanço. A tecnologia sem dúvida transforma o mercado de trabalho, no entanto, acreditar que ela vai substituir um jornalista ou acabar com determinadas profissões ainda é cedo para afirmar.”
Nesse contexto, vale lembrar que o ChatGPT foi treinado com dados disponíveis na internet até 2021. Se as perguntas envolverem questões posteriores a esse ano, a resposta pode trazer informações imprecisas ou, até mesmo, falsas. Além disso, o site fica fora do ar se muitas pessoas o utilizam ao mesmo tempo.
No geral, a ferramenta não substituirá a visão de um especialista, mas poderá ser usada para automatizar tarefas repetitivas e simples.
O que os estudantes devem considerar ao escolher um curso a partir das transformações tecnológicas?
Para essa questão, Vivian Pontes aponta que até a inteligência artificial até pode apoiar, servindo como uma espécie de Google. Segundo o próprio Chat GPT, em resumo, deve-se considerar: “Interesses e habilidades; perspectivas de carreira; custos; localização; qualidade do ensino, sendo importante fazer uma pesquisa cuidadosa e ponderar todos os fatores relevantes antes de tomar uma decisão.”
De qualquer forma, Vivian enfatiza que a ferramenta pode ajudar, mas não deve impactar consideravelmente na decisão dos estudantes, já que as interações humanas e uma orientação personalizada não podem ser substituídas por uma inteligência artificial e continuam sendo o melhor caminho para uma escolha como essa.